Em evento nos EUA, o ex-ministro da Fazenda também criticou FHC e expôs avaliação de que sistema político está em colapso
Foto: Internet
O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT) declarou
nessa sexta-feira (22) que o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), não chegou ao cargo "por acaso". "Ele comprou 250
deputados", afirmou Ciro, no evento Brazil Conference, promovido pela
Universidade Harvard e pelo Massachussetts Institute of Technology (MIT).
O ex-governador do Ceará expôs sua avaliação de que
o sistema político brasileiro está "em colapso". Segundo ele, no
Brasil hoje existe um vácuo de poder. "Esse vácuo é substituído por
interesses pessoais, um movimento de ascensão pentecostal e ladroeira. Eduardo
Cunha não virou presidente da Câmara – sendo o bandido que é – por
acaso. Ele comprou 250 deputados", comentou Ciro.
Pré-candidato à presidência da República em 2018
pelo PDT, ele também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
que, na sua avaliação, abandonou uma agenda de reformas estruturantes em 1998
em troca da mudança na Constituição que autorizou a sua candidatura à
reeleição.
Ciro Gomes comentou que a recente melhora na
balança comercial do Brasil ocorre apenas em função da recessão, mas que o
problema nas contas externas é estrutural. "Nosso déficit na balança
comercial de manufaturados já está em US$ 110 bilhões. A gente foi adiando o
confronto desse problema, atenuando a percepção da catástrofe, em função de um
ciclo positivo de preços de commodities", explicou.
Segundo ele, hoje esse superciclo das commodities
acabou e isso afeta a economia brasileira, independentemente de quem seja o
presidente. "Hoje, a produção do pré-sal custa US$ 41 o barril e nós
estamos vendendo a US$ 30. Isso é real, não adianta dizer que é culpa de Dilma,
de Lula", comentou.
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